Vaginismo: o que é e porque preocupa tantas mulheres

03/07/2023

«Vaginismo» é um termo que a maioria das pessoas, à partida, desconhece; no entanto, trata-se de uma condicionante que impacta negativamente a vida sexual de várias mulheres em todo o mundo.

Na nossa sexshop online - My Sex Shop, acreditamos na compreensão e no reconhecimento destas condicionantes, de modo a podermos contribuir para a melhoria da sua saúde sexual; como tal, ao longo deste artigo, procuraremos desvendar o que é o vaginismo, quais os seus sintomas e como pode ser gerido.

O que é o vaginismo?

O vaginismo é uma disfunção sexual que faz espoletar uma contração involuntária dos músculos do solo pélvico em torno da vagina; é habitualmente uma fonte de desconforto, dor e dificuldade que, em situações extremas, poderá resultar na total inaptidão para a penetração, inserção de tampões ou realização de exames ginecológicos.

É fundamental recordar que o vaginismo não consiste, de todo, numa decisão tomada em consciência pelas mulheres que dele padecem – pelo contrário, trata-se de um reflexo involuntário que poderá refletir níveis de ansiedade significativos.

  • Sintomas

Conseguir identificar o vaginismo não é tarefa fácil, mas alguns dos sintomas mais comuns consistem em:

  • Dor ou desconforto durante a penetração em relações sexuais ou inserção de tampões;
  • Dificuldade em submeter-se a exames ginecológicos devido a dores ou apertos musculares;
  • Ansiedade ou medo só de pensar em penetração vaginal;
  • Espasmos musculares do solo pélvico durante a tentativa de penetração.

Vaginismo e pressão sexual

Viver com vaginismo pode resultar numa extraordinária pressão psicológica; há mulheres que se encontram presas num ciclo de perturbação contínuo em que o medo da dor física conduz à ansiedade, o que, por conseguinte, hiperboliza esta condicionante.

Este mesmo ciclo interminável é capaz de impactar profundamente a autoestima, as relações sexuais e a saúde mental das mulheres que o vivem; as expectativas e a pressão sociais em torno do sexo na qualidade de assunto tabu exacerbam este problema, levando a que as mulheres com vaginismo se sintam isoladas e constantemente nervosas.

Como lidar com o vaginismo

Procurar resolver esta condicionante compreende uma abordagem multifacetada; é vital fomentar a abertura de diálogo em torno do assunto, reduzindo, assim, o estigma que lhe está associado e incentivando as mulheres a procurarem por ajuda.

Abaixo encontram-se alguns métodos que poderão ajudar a gerir esta disfunção sexual:

  • Procura por assistência médica

Os profissionais de saúde (particularmente os médicos ginecologistas) possuem os conhecimentos necessários para poderem delinear um plano de tratamento detalhado capaz de satisfazer necessidades individuais, o que poderá envolver métodos como fisioterapia, psicoterapia ou uma combinação de ambos.

  • Recurso a brinquedos sexuais

A utilização considerada de brinquedos sexuais como vibradores ou dildos podem ajudar as mulheres a sentirem-se mais confortáveis com os seus corpos e com a penetração vaginal, assim como o recurso a um bom lubrificante.

Os dilatadores, por exemplo, auxiliam o corpo a adaptar-se progressivamente à penetração; é absolutamente crucial escolher brinquedos fabricados a partir de materiais não prejudiciais ao organismo, de forma a assegurar uma experiência sexual segura e agradável.

  • Apoio do parceiro

Ter um parceiro que ofereça apoio (por oposição a uma admoestação) é, sem qualquer dúvida, preponderante na gestão do vaginismo – é por isso que a abertura de diálogo em relação à disfunção propriamente dita, a par de paciência e compreensão, são essenciais para ajudar a reduzir os níveis de ansiedade e fomentar um ambiente de conforto. Desta forma, poderá existir um diálogo sobre coisas fulcrais como posições sexuais mais confortáveis ou fetiches específicos.

  • Possíveis tratamentos

O tratamento mais comum para o vaginismo compreende uma combinação de fisioterapia e psicoterapia; a fisioterapia do solo pélvico com exercícios kegel contribui para o relaxamento e controlo dos músculos da vagina, enquanto a psicoterapia procura resolver a ansiedade e outras preocupações inerentes a esta condicionante.

Não é habitual dar primazia à prescrição de medicação como forma de tratamento, mas tal poderá vir a ser considerado em cenários de maior ansiedade, senão mesmo de depressão.

Em conclusão

Na My Sex Shop, acreditamos vivamente que a compreensão e a empatia são aspetos que podem conduzir a uma melhor saúde sexual.

Já está mais do que na hora de descortinar condicionantes como o vaginismo, incentivar o diálogo e a discussão, fomentar a compreensão e aplicar uma forma de tratamento eficaz.

Se trabalharmos todos em conjunto para tal, podemos dar origem a um mundo mais sexualmente positivo e saudável.